As vicissitudes políticas nas sucessivas vidas da Voz Africana em defesa dos africanos

Augusto Nascimento

Resumo


A Voz Africana refletiu não só as diferentes mutações por que passou o colonialismo, como também as sucessivas provações e acomodações dos Africanos a esse colonialismo de feição ditatorial. Nos sombrios anos 30, o Grémio Africano de Manica e Sofala criou o jornal Voz Africana com o qual tentou, ao longo de décadas, congregar, promover e defender os Africanos. O jornal atravessou conjunturas políticas assaz diversas e conheceu diferentes orientações com a consequente variação do engajamento do escol africano na produção do jornal.
Na década de 60, assumindo a responsabilidade de editar o jornal, pessoas ligadas à diocese da Beira apostaram em conferir existência social à mole africana da Beira e da colónia. Nos anos 70, mudando de novo a tutela do jornal, a interpelação em nome dos Africanos foi sendo instrumentalizada no sentido de obter a sua acomodação à situação colonial.


Palavras-chave: Moçambique, associativismo africano, imprensa africana.


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