Variação e mudança no vocalismo átono quinhentista: práticas escriturais e juízos normativos.
Resumo
No prolongamento de estudo recente (Paiva 2008) sobre o vocalismo átono quinhentista, a partir da descrição de gramáticos e ortógrafos coevos, que
confirmou a elevação de <a> átono, prossegue-se a pesquisa sobre a elevação do restante vocalismo átono, com base no tratamento informático dos textos metalinguísticos da época, que permitiu o exame exaustivo das grafias, em conexão com os juízos de valor expressos. Para isso, descrevem-se o statu quo da variação anterior à relatinização, as consequências desse movimento quer na eliminação de esquemas variacionais anteriores, quer na produção de novos, delimita-se a mudança de <e>><i> e interpretam-se grafias inabituais com <e>, concluindo-se que esse tipo de variação gráfica é uma consequência de <e> representar já [ ]. Quanto a [o], a deriva unidireccional que desde a Idade Média conduz a [u], e que a relatinização reforça, está claramente documentada e suscita juízos de valor negativos que não deixam dúvidas sobre a dinâmica em curso.
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ISSN: 1646-6195