FLORESTA: uma riqueza mágica (?) Revisitação de um diálogo

Nicole Devy Vareta, Jorge Fernandes Alves

Resumo


Aprendemos desde miúdos que a floresta era, em vários sentidos, uma riqueza para Portugal. Os poetas laureados ajudavam a inculcar essa ideia, consagrando-lhe odes majestosas que circulavam nos livros escolares e ficavam no ouvido. Rituais como o «dia da árvore» criavam a responsabilidade cívica de sermos militantes pela floresta.

Também por isto, os fogos atuais ou determinadas políticas florestais surgem a todos como uma desolação, flanqueando uma componente determinante das nossas potencialidades. Porque aprendemos que a floresta portuguesa não é exatamente um dom da natureza, mas sim uma obra gigantesca de muitas gerações, um produto humano de grande sedimentação histórica, que, com demasiada frequência e facilidade, se esboroa em poucos minutos. 


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