Desemprego feminino envelhecido: Uma história de resistência à invisibilidade
Resumo
A reflexão proposta neste artigo começa com um fim: o encerramento de uma cerâmica de Coimbra, a Estaco, e recupera a história de desemprego de quatro operárias, centrando-se, fundamentalmente, na história de resistência protagonizada por uma delas, Andreia. Acompanhando
o percurso de desemprego de Andreia, torna-se claro o modo como esta se confronta a uma estrutura de oportunidades rígida e sexualmente diferenciada, que, a obriga a reconverter-se na área dos cuidados a crianças. A restrição dos horizontes – expressa na redução das oportunidades profissionais – e os destinos traçados – expressos na limitação do acesso à integração profissional a atividades «femininas» e desqualificadas – são reveladores do modo como as desigualdades entre homens e mulheres, ainda fortemente presentes no mercado de trabalho, encontram eco nas experiências do desemprego das mulheres.
o percurso de desemprego de Andreia, torna-se claro o modo como esta se confronta a uma estrutura de oportunidades rígida e sexualmente diferenciada, que, a obriga a reconverter-se na área dos cuidados a crianças. A restrição dos horizontes – expressa na redução das oportunidades profissionais – e os destinos traçados – expressos na limitação do acesso à integração profissional a atividades «femininas» e desqualificadas – são reveladores do modo como as desigualdades entre homens e mulheres, ainda fortemente presentes no mercado de trabalho, encontram eco nas experiências do desemprego das mulheres.
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