Do risco no alpinismo de alta montanha

Ana Luísa Pereira

Resumo


tanhas. Em 2006 isso aconteceu a um alpinista português durante a descida do Shishapangma, uma das 14 montanhas dos Himalaias com mais de 8000m. Tendo em conta a morte deste alpinista, e tantas outras que ficam por relatar, pensamos que a temática do risco no âmbito de determinadas actividades físicas e desportivas, entre as quais o alpinismo, continua muito actual. Assim sendo, o nosso objectivo é abordar o risco no âmbito das actividades físicas e desportivas, mais precisamente no alpinismo de alta montanha, enquanto elemento inerente à própria prática. Isto é, o risco enquanto parte integrante e até mesmo fim da própria prática. Para tal, é tomado em consideração o que esta actividade significa para aqueles que a praticam, analisando o modo como esses significados são investidos. Depois de fazer uma breve caracterização do alpinismo de alta montanha enquanto prática de risco, o nosso percurso efectua-se com os seguintes pontos: i) controlo do risco vs controlo da vida; ii) a tomada de risco como forma de transgressão; iii) a aventura no alpinismo de alta montanha; iv) o risco como estetização da experiência; v) o alpinismo de alta montanha como forma de superação e transcendência e vi) reconhecimento social e distinção. Esta enumeração não teve como objectivo isolar sentidos ou significações, mas o modo como a discussão e reflexão se desenvolveram permitiu perceber que todos estão interligados.

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ISSN: 0872-3419

 

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