“The tale of the monstrous town”: Espaços Urbanos e Espaços Familiares em The Secret Agent de Joseph Conrad

Jorge Ferreirinha Antunes

Resumo


O romance The Secret Agent (1907), de Joseph Conrad, é uma obra com um acrescido carácter contemporâneo, particularmente após os ataques terroristas do 11 de Setembro de 2001 e a ocorrência de uma série de ataques terroristas recentes. A relevância dada por Conrad à ritualização e mediatização do ataque ficcional do observatório de Greenwich encontra correspondência na manipulação contemporânea dos meios de comunicação de massa por terroristas. No final do período vitoriano e no início do período eduardiano verificaram-se mudanças significativas nos meios de comunicação de massa e na cultura popular urbanas. Estes temas são evidentes em The Secret Agent, mas a sua articulação, interdependência e contextualização histórica não receberam, na minha opinião, a devida atenção da crítica. Neste ensaio argumenta-se que em The Secret Agent a ficcionalização da Londres ameaçada por anarquistas e agentes secretos estrangeiros representa o conflito entre um mundo urbano moderno cosmopolita e valores domésticos, privados e comunitários. Conrad, sem fazer uma quebra com considerações tradicionais e conservadoras, respondeu literariamente a um tempo de ruturas e problematizou precocemente processos culturais e sociais de importância contemporânea, o que tem implicações profundas para a relevância atual desta sua obra.

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