A graça divina como categoria filosófico-metafísica do agir humano segundo Santo Agostinho
Resumo
Este artigo analisa filosoficamente o conceito agostiniano e cristão de Graça divina, compreendendo-o como condição do agir ético-moral humano. Para além de toda a teleologia do pensamento de Agostinho e de todo o projeto soteriológico cristão, o artigo destaca a dimensão da atuação divina no contexto mesmo da sociabilidade humana, enquanto princípio norteador da vida ético-moral, ou antes, como elemento possibilitador do agir ético-moral: a graça divina exorta o homem a um reto viver, bem como o capacita à sua prática. Este reto viver é conditio sine qua non da vera beata vita, a qual não é apenas projeto extramundano, uma vez que tem seu início já na “cidade terrena”, em sua peregrinação à “cidade de Deus”. Destarte, neste artigo não se analisa a noção de beatitudo no seu contexto teológico, nem a discussão em torno da Graça divina e suas implicações na liberdade humana, isto é, sua relação com o pecado original e o livre arbítrio. O artigo visa apenas apontar uma leitura da
Graça divina como fundamento do reto agir humano, enquanto presença do criador no homem.
Palavras-chave: Graça Divina, Ética, Moral, Sociabilidade.
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