Fundamentos ontológicos das actividades mentais na teoria da alma de Santo Agostinho

Matheus Jeske Vahl

Resumo


A anima para Santo Agostinho, consiste em um princípio de vitalidade incorpóreo presente em todos os seres vivos criados. Contudo, no ser humano, além das funções vegetativas e de animação, ela possui a faculdade denominada mens, que composta pela racionalidade e pela vontade, consiste em sua imagem e semelhança com o Criador. Por ela o homem pode realizar atividades mentais puras, quer na sua relação cognitiva-volitiva com o mundo criado, quer consigo mesmo. Agostinho está principalmente interessado em definir o modo de ser peculiar desta mens que é incorpórea e não deve ser confundida com nenhum princípio corporal da criação e em explicar a sua origem enquanto modo de ser de um sujeito mental singular com identidade intransferível. Neste processo Agostinho mostra a via da interioridade como “forma de racionalidade“ com vistas a superar o materialismo predominante no mundo tardo antigo, sobretudo, figurado entre os maniqueístas e demonstrar que a anima é um princípio de vida que pertence à realidade criado no tempo, semelhante à realidade divina, mas que não se confunde com ela.

Palavras-chave: Alma, Mens, Incorporalidade, Origem, Interioridade.


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