O TEMPO E O CÂNTICO – UM ASPETO DAS ANÁLISES DE AGOSTINHO SOBRE O TEMPO (CONF. XI, XXVIII, 38)
Resumo
Analisa-se a comparação entre o cântico e o tempo em Confessiones, XI. Procura-se mostrar que esta comparação a) ilustra a complexidade da distentio animi, enquanto cada um dos seus momentos também está constituído no modo da distentio, b) foca a isomorfia de estrutura entre as partes da actio, a actio, a actio longior, a uita, o saeculum, c) chama a atenção para o facto de uma actio se integrar sempre no quadro de uma actio longior, de esta se integrar sempre no quadro de uma uita e de esta se integrar sempre no quadro do saeculum, d) evidencia, portanto, que a distentio animi é de cada vez total, corresponde sempre a um cântico total – de sorte que e) antecipa a tese de Kant segundo a qual não é possível uma representação apenas parcial do tempo e a representação do tempo constitui um totum analyticum.
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