Por uma hermenêutica autoimplicada na tradução de Avrelii Avgvstini em De magistro - liber vnvs

Antonius A. Minghetti

Resumo


Neste estudo pretende-se oferecer novo enfoque às traduções de obras de Agostinho a partir da tradução comentada de De Magistro, obra eminentemente hermenêutica, típica dos discursos exegéticos no praemedioevo, caracterizada pela retórica simbólico-alegórica da Sagrada Escritura. Encontrei ressonâncias à tradução que empreendi no filósofo e lógico belga Jean Ladrière e na sua concepção teórica da hermenêutica autoimplicada. Trata-se de um truísmo discursivo característico da Vulgata, que envolve a fé na palavra Deus designando a Verdade, em que a veracidade do discurso está implicada em si, sob um contexto histórico e literário. O inter-relacionar análise literária com questões culturais envolveu, em De Magistro, o estudo de um mundo muito singular, que torna imperativo em sua tradução recorrer a intertextualidade com a Sagrada Escritura e com outras obras do autor, inicialmente, a partir de uma tradução intralingual, para, posteriormente, processar a interlingual.

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