NA BUSCA DO SENTIDO: SOBRE O TEMPO, MEMÓRIA E PERDÃO NAS CONFISSÕES DE AGOSTINHO
Resumo
Porta de entrada numa nova era, a obra de Agostinho marca o início do que Heidegger considerou o paradigma da presença, do privilégio deste êxtase temporal face aos outros dois. O tempo foi pensado na interior dimensão interior ou psicológica. O âmago do labor intelectual do filósofo estará em clarificar o princípio e fundamento do seu interior itinerário que terá no perdão uma instância de reconciliação e diálogo, a «máquina do tempo», com a possibilidade de se deslocar entre cada um dos três êxtases temporais. Procurará exercer um trabalho de recuperação do dom perdido no passado, para o projectar numa esperança futura, a medida de transformação de um passado, através de uma consciência presente contrita. A sinceridade do acto é indispensável para o seu sucesso. Apenas e só através de uma narrativa verdadeira, fruto de um trabalho honesto desenvolvido pela Memória, se poderá obter uma linguagem verdadeira, a partir da qual a confissão é produzida.
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