O impacto das redes sociais no relacionamento entre os media e as audiências
Resumo
O crescente número de utilizadores das redes sociais levou a que vários modelos de negócio migrassem para essas mesmas plataformas digitais, devido ao seu elevado potencial de interação em rede. O mercado da comunicação social não é exceção e, motivado pela capacidade difusora de informação (Recuero, 2009) das redes sociais, e pela perda de leitores, ouvintes e telespectadores nos meios tradicionais, os media, disputam a atenção do utilizador nessas mesmas plataformas digitais. O artigo pretende incidir sobre as práticas da comunicação social nas redes sociais e quais as suas implicações nas rotinas jornalísticas e na própria profissão. Determinados autores apontam o fim do jornalista, tal como o conhecemos até aqui, alicerçados na tese do jornalismo cidadão (open source) como Dan Gillmor, ao defender que qualquer cidadão pode tornar-se num jornalista, bastando que saiba usar uma câmara de vídeo e ter ligação à Internet. Contudo, há também quem defenda o contrário, que um jornalismo credível só está ao alcance de quem tem formação jornalística, como Sylvia Moretzsohn, alegando que o cidadão comum não conhece os critérios de construção da notícia, e como tal, nunca poderá substituir-se ao profissional da informação. Porém, o cidadão comum, através das redes sociais está já a influir no processo de consumo da informação em rede, ao recorrer ao que Bruns apelida de gatewatching - um segundo filtro nos conteúdos informativos que o utilizador das redes sociais dispõe para destacar a informação que lhe interessa. Como interagem media e audiências nesta nova relação é o que procuramos clarificar com este trabalho.
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