Da passividade à luta política: a classe trabalhadora no cinema documentário brasileiro de 1960 a 1980
Resumo
Neste artigo, analiso as representações desenvolvidas no documentário brasileiro entre o início dos anos 1960 e os meados dos anos 1980, que abordaram as formas de pensamento, as lutas e o modo de vida de frações do proletariado no país, a partir de quatro obras: Viramundo (1965) de Geraldo Sarno; A opinião pública (1968) de Arnaldo Jabor; ABC da greve (1990) de Leon Hirszman; e Cabra marcado para morrer (1984) de Eduardo Coutinho. Através de uma abordagem dialética e materialista da arte, argumento que a classe trabalhadora não foi apenas um dos objetos fundamentais do documentarismo brasileiro daquele período, mas uma referência por meio da qual este gênero desenvolveu novas formas de expressão da realidade social no âmbito da cinematografia brasileira.
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ISSN 2184-3805