A Sociedade Civil face ao processo de democratização e o desenvolvimento na Guiné-Bissau (1991-2011)

Miguel de Barros

Resumo


O que podemos dizer quando falamos da democracia e Sociedade Civil? Segundo Chabal (2008) a prática democrática conduz a benefícios que exigem mais democracia (individual e institucional), contribuindo para abertura de espaços a diversos actores ‑ Sociedade Civil – gerando maior participação e consolidação democrática, compreendida como livre expressão e criação. Ora, a presente comunicação visa essencialmente  identificar e analisar as origens e progressos da Sociedade Civil na Guiné‑Bissau, desde a liberalização política (1991) até à actualidade. Volvidos vinte anos após a instauração do multipartidarismo e profundamente abalado pelo conflito político‑militar (1998‑ 99), o presente trabalho pretende igualmente explicar o actual entendimento do conceito e da “imagem” da sociedade civil no contexto guineense, nas suas relações com outros actores e no seu interior. Deste modo, propõe‑se reflectir sobre o conceito da Sociedade Civil, enquanto uma proposta conceptual que visa a superação do minimalismo institucional do carácter da democracia (realização de eleições e funcionamento das instituições formais), adoptando o colectivismo social (sentido da democracia), como forma de ampliar o campo de análise de outros actores (não formalizados) e de captação das dinâmicas endógenas, possibilitando assim o reconhecimento de outros valores culturais locais ou tradicionais

Palavras‑chave: sociedade civil, democracia, desenvolvimento, participação.


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