Sindicalismo, professores e Educação para Todos: reflexões sobre a Guiné- -Bissau e em Moçambique

Rui da Silva, Rosa Silva e Miguel Filipe Silva

Resumo


A promoção da Educação Para Todos (EPT) está profundamente relacionada com as declarações das Conferências de Jomtien (1990, que inicia o movimento de Educação para Todos, e de Dakar (2000). Contudo, desde a conclusão dos processos de independência, década de 1970, e em alguns casos já desde as lutas pela libertação, décadas de 1960 e 1970, alcançar
a educação para todos é uma prioridade dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
Após as citadas Conferências as organizações da sociedade civil formaram e estreitaram redes para melhorar a possibilidade de sucesso na implementação dos compromissos internacionais nos diversos países signatários. Os sindicatos, enquanto organizações da sociedade civil, assumem um papel relevante na luta pelo direito à educação.  A Campanha Global pela Educação (CGE) assume-se como a maior e a mais ativa rede que reúne ONG e a Internacional da Educação - federação de associações e de sindicatos da área da educação. A CGE, no âmbito da sua ação, promove e reforça ativamente as coligações/redes pelo direito à educação a nível regional e nacional. Com estes pressupostos em mente, o presente artigo pretende analisar, de forma exploratória, o papel que os sindicatos de professores desempenham nas coligações/redes pelo direito à educação na Guiné-Bissau e em Moçambique e as tensões que emergem deste processo. Conclui-se que as circunstâncias históricas e o presente contexto dos países são cruciais para perceber o papel dos sindicatos dos professores nas coligações/redes nacionais pelo direito à educação.

Palavras-Chave: Sindicatos de professores, Educação para Todos, Guiné-Bissau, Moçambique.


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