Aproximações empíricas à mortalidade diferencial : trajetórias da mortalidade na paróquia de Esporões (Baixo Minho), séculos XVII e XIX
Resumo
Objetivos – Pesquisar a concentração de mortalidade infantil, juvenil e infantojuvenil (às idades de 0, 1 a 4 e abaixo de 5 anos) em certas famílias, segundo o seu estatuto socioeconómico e fatores biodemográficas, e por extensão, analisar a transmissão intergeracional desses riscos. Dados e método: Dados dos registos vitais da paróquia de Esporões, dos fins do século XVI aos fins do século XX, cruzados com outras fontes nominativas, segundo a Metodologia de Reconstituição de Paróquias de M. Norberta Amorim (1991). O estudo foi restrito às mulheres casadas com 45 anos de idade ou mais, que tiveram pelo menos 4 filhos, mas sem gémeos, nos séculos XVII e XIX. Resultados – O nível da mortalidade das crianças nas famílias selecionadas foi de 208%o e 237‰, respectivamente nos séculos XVII e XIX. Contudo, cerca de 15% daquelas famílias mostraram níveis de mortalidade das crianças a oscilar entre 400%o e 1000%o: estas famílias foram «famílias de alto risco» de mortalidade. Conclusão – Os resultados parecem mostrar que a mortalidade das crianças estava concentrada em certas famílias.
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