Propaganda anticancerosa, mobilização de elites e consciência sanitária em Portugal : despertar consciências e educar para a saúde na primeira metade do século XX

Rui Manuel Pinto Costa

Resumo


O objecto deste artigo é a propaganda anticancerosa portuguesa realizada na primeira metade do século XX. Pretendeu-se mostrar que apesar do maior esforço propagandístico ter assumido a sua forma mais expressiva a partir da fundação do Instituto Português para o Estudo do Cancro em 1923, seria mais intenso durante o Estado Novo. O impacto do discurso médico junto dos diferentes agentes sociais e políticos, materializou-se na realização de uma campanha de persuasão social constante. A atitude preventiva da luta contra o cancro tornou-se num dos principais agentes da conquista de uma consciência sanitária nacional, num país ainda carente de progressos em matéria de educação para a saúde das massas e com défices na socialização da medicina.

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