Calheiros, Sandim e Bonaval: uma rapsódia «de amigo»

José Carlos Ribeiro Miranda

Resumo


Identificando os três autores mencionados como os mais antigos compositores de «cantares de amigo» registados nos cancioneiros, sobressai na obra que deixaram algumas características fortemente distintivas, nomeadamente a flagrante oposição do monopólio feminino da palavra a uma evidente atitude de supremacia da parte masculina na sua relação com a jovem mulher que se assume como enunciadora exclusiva. A total ausência da linguagem do serviço de amor, corrente nos contemporâneos cantares de amor, torna claro o propósito programático do género que se impõe nos finais de 1220 e vem mais tarde a ser designado «cantar de amigo».

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ISSN 2183-9301

DOI: 10.21747/21839301/gua

 

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