Dançar o Zen: Aprendizado e poéticas de um processo

Andrea Copeliovitch

Resumo


Este artigo discorre sobre um processo experimental que relaciona zen budismo, Antonin Artaud, Jerzy Grotowski e as danças brasileiras (bumba-meu-boi, cavalo marinho e coco) revistas a partir do estudo de um corpo simbólico proposto por Graziela Rodrigues - tendo como exemplo a coreografia O Touro e o Vazio, baseada no conto budista, O Monge e o Touro (da Monja Coen Roshi e de Fernando Zenshô Figueiredo). A coreografia é atravessada por elementos de ritos zen budistas, estética de anime japonês e danças oriundas do norte e nordeste brasileiros organizadas a partir de técnicas do teatro, onde o impulso em direção à ação física é o ponto de partida da partitura. Esse encontro de técnicas e de aprendizados traduz a história do corpo que dança. A bailarina, a praticante zen budista e o touro se encontram no movimento circular da poiesis, sempre em busca de um acontecer poético.


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 ISSN 2184-3805