INACABMANETO E FICÇÃO: IDENTIDADE, EDUCAÇÃO E FILOSOFIA

Resumo

Resumo

Na nossa vida, pessoal ou profissional, somos guiados, iluminados e motivados por ideais que constituem, para nós, marcos de referência. Esses ideais, por definição, contêm em si uma característica de perfeição. Da natureza perfeita dos ideais que nos pautam decorre a nossa condição de constante aproximação, um constante “estar a caminho” (Jaspers). Contudo, um constante “estar a caminho” implica, por outro lado, um constante não chegar, não atingir a plenitude daquilo que nos guia e inspira, ou seja, um permanente estado de inacabamento. Identidade, Educação e Filosofia inscrevem-se no conjunto dos ideais que nos inspiram. São, simultaneamente, construções do sujeito, dinâmicas, e não realidades fixas. Eis-nos perante um paradoxo: estamos colocados no vértice de uma espiral de aproximação e inacabamento sem marcos fixos de referência, pois estes, enquanto construções, são ficcionados.

Palavras-chave: Ficção, Inacabamento, Identidade, Educação, Filosofia, Filosofia da Educação